segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Por que estudar Karl Marx?


            Ei você, já se perguntou como a sociedade se organiza? De onde surgem as desigualdades sociais? Qual a importância do trabalho para você e seus amigos? Seria possível uma sociedade sem trabalho? É possível modificar a realidade em que se vive? Essas são algumas das principais questões que nortearam o pensamento Marxiano sobre sociedade sob um ponto de vista histórico e filosófico no século XIX. Seja para criticar ou defender, o fato é que não se pode deixar de ler este sujeito barbudo.
            Segundo Marx a história é feita por meio da luta de classes em que há um conflito permanente entre contrários, por exemplo, burguês e proletário, senhor feudal e servo. O trabalho é o centro dessas relações, pois o proletário sem possuir os meios de produção recorre ao trabalho assalariado para sobreviver economicamente. Nesse contexto o grande mal social segundo o filósofo está contido principalmente na economia e na propriedade privada. Para tanto, uma sociedade comunista seria o modelo ideal de sociedade pelo fato de que ali não haveria nem oprimido nem opressor, sequer o Estado, num estágio final, seria necessário em virtude de as pessoas se regularem de acordo com o bem comum. Aqui não cabe simplesmente a ideia de que quem tiver dois sapatos dará um ao necessitado, porém segundo defende Marx a perspectiva comunista é mais ampla e engloba a noção de que se deveria modificar a forma de como a sociedade se organiza em relação a sua estrutura.

            O trabalho pode ser facilmente considerado um bem, até porque é fonte de subsistência desde o surgimento da humanidade, no entanto, a partir do momento em que o sujeito deixa de exercer o trabalho tendo em vista a necessidade da subsistência e passa ao nível do puro lucro temos a alienação humana. Nesse momento não há mais uma identidade do sujeito em relação ao que ele produziu de modo tal produto não é mais parte de si, entretanto, passa a ser visto simplesmente como mais um objeto. O taylorismo é um exemplo de produção em série que determina essa extrema fragmentação do trabalho em que não mais o artesão confecciona todo o produto, contudo, no meio industrial se subdivide as tarefas. Assim, a produção aumenta, o lucro cresce, e o sujeito cada vez percebe menos sentido no que faz. Eis uma sociedade complicada, em suma é o que Marx descreve em pleno século XIX com a Revolução Industrial. E hoje como estamos vivendo? Algo mudou? Você tem responsabilidade sobre isso? Não cabe responder sim ou não, seria muito fácil, apenas reflita o porquê isso ocorre.

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