terça-feira, 16 de setembro de 2025

XVIII Olimpíada de Filosofia - UCS Regional Caxias do Sul Edição 2025 “A utilização de IA nas escolas: o que a Filosofia tem a nos dizer sobre isso?” - Dia 17 de outubro de 2025

Olimpíada de Filosofia da UCS consiste na realização de atividades didáticas de caráter filosófico, a partir de um tema geral, definido a cada ano, e destina-se a professores e estudantes do Ensino Médio e do Fundamental II, preferencialmente. A Olimpíada de Filosofia tem caráter cooperativo e colaborativo.

Tais atividades didáticas, inicialmente desenvolvidas nas escolas durante o ano letivo, são coordenadas, livre e criativamente, a partir do tema e dos subtemas da Olimpíada, pelos educadores inscritos, seja em turmas regulares, seja na modalidade de projetos ou, ainda, de forma interdisciplinar.

Tais ações pedagógicas nas escolas, denominadas atividades pré-olímpicas, são preparatórias para a realização da Olimpíada de Filosofia, a qual consiste em um evento único (dia 17 de outubro) no qual os participantes poderão interagir e aprender juntos a partir de atividades de cooperação investigativa.

O Curso de Filosofia da UCS e a Olimpíada de Filosofia

Ao lado de outras instituições de ensino superior, a UCS foi pioneira do movimento Olimpíada de Filosofia no Brasil. A primeira edição foi promovida em 2008 e sediada na PUC-RS, em Porto Alegre. A partir de 2010 passou-se a oferecer anualmente uma edição local da Olimpíada de Filosofia em Caxias do Sul, sempre sediada na UCS e coordenada pelo Curso de Filosofia, com a finalidade de atender escolas da região da serra gaúcha.

Em 2020 e 2021, em razão da necessidade de se evitar aglomerações de pessoas, a Olimpíada de Filosofia aconteceu de modo online. Nas edições de 2022 e 2023, o evento retornou na forma presencial com destacada participação das escolas da região de abrangência da UCS e, também, com participação de escolas da região metropolitana de Porto Alegre. 

Agora, em 2025, continuaremos com o evento de modo presencial com atividades na parte da manhã e na parte da tarde da sexta-feira, dia 17 de outubro. As atividades de organização, planejamento e execução por parte dos estudantes do Curso de Filosofia (Licenciatura) integram as ações de curricularização da extensão e tem também a participação e colaboração de estudantes do mestrado e do doutorado em Filosofia da UCS. A organização está sob incumbência dos estudantes do Curso de Licenciatura em Filosofia, com a coordenação dos professores Idalgo J. Sangalli, Lucas Dalsotto e Odair Camati.

A utilização de IA nas escolas: o que a Filosofia tem a nos dizer sobre isso?


A edição 2025 da Olimpíada de Filosofia propõe a reflexão sobre a utilização dos recursos da chamada “inteligência artificial” (IA) no processo de ensino e de aprendizagem nas escolas e os possíveis impactos positivos e negativos na formação profissional e pessoal das pessoas para a vida humana individual e social. 

A busca por um adequado processo de ensino/aprendizagem tem possibilitado que as novas tecnologias passam cada vez mais a serem utilizadas e integradas no ambiente escolar e na vida humana em geral. A busca pela compreensão desse processo e as consequências na interação com ferramentas e recursos tecnológicos que imitam habilidades de linguagem e raciocínio humanos tem provocado questionamentos não somente no âmbito da ética e que nos fazem pensar e procurar subsídios entre os filósofos e suas teorias filosóficas. As tradições filosóficas da ética das virtudes, da ética utilitarista/consequencialista e a da ética do dever podem auxiliar nessa avaliação. Mas afinal, o processo de ensino e aprendizagem baseado em Inteligência Artificial é adequado e o melhor caminho para a formação humana e profissional?

A filosofia e o filosofar nos desafia a examinar criticamente nossas crenças, hábitos, padrões de comportamento, inovações científicas e tecnológicas buscando a sabedoria e o autoconhecimento como ferramentas para a tomada de decisões na vida pessoal e profissional e, assim, alcançar uma vida significativa. Uma abordagem filosófica para uma vida humana digna e bem vivida não se limita apenas ao bem-estar individual, mas também considera o impacto de nossas escolhas, decisões e ações na sociedade e no mundo ao nosso redor.

Além disso, a Filosofia nos convida a cultivar a curiosidade intelectual, a criatividade e a abertura para novas ideias, enriquecendo nossa experiência humana e ampliando nossos horizontes de compreensão do humano e do não-humano principalmente nos espaços escolares. Portanto, ao considerarmos a Filosofia como uma reflexão crítica, radical e abrangente, reconhecemos seu potencial transformador para nos ajudar a compreender, a superar os desafios do mundo cada vez mais tecnológico e, assim, procurar aperfeiçoar nosso próprio caminho em direção a uma vida refletida, autônoma e livre, não apenas como indivíduos, mas como membros de uma comunidade global que sabe utilizar os produtos de seu próprio saber científico e fazer técnico de modo ético para a formação humana integral.

E também, os participantes da Olimpíada serão convidados, sob diferentes abordagens, a refletirem sobre o momento atual que vivemos sob o avanço cada vez maior dos recursos tecnológicos como a chamada “inteligência artificial” (IA) e a expressarem modos de responderem aos desafios que nos são apresentados. Com o modo próprio da investigação filosófica almeja-se esclarecer aspectos sobre esse contexto social e construir condições mais favoráveis ao exercício individual e responsável da liberdade e da cidadania.

Programação do evento (presencial) do dia 17/10/2025

8h30min – Acolhimento às escolas participantes.

9h – Atividades olímpicas (em preparação)

12h – Almoço no RU ou na praça de alimentação da UCS

13h30min – Atividades olímpicas (em preparação)

16h30 – Encerramento.




Coordenação: 

  • Prof. Dr. Idalgo José Sangalli

  • Prof. Dr. Lucas Dalsotto

  • Prof. Dr. Odair Camati


Contato para esclarecimentos e inscriçõesucsolimpfil@gmail.com

Portal de divulgação da Olimpíada de Filosofia: filescola.blogspot.com  


Orientações para inscrições de escolas participantes:

  • As inscrições são gratuitas.

  • A participação dos estudantes na Olimpíada de Filosofia será sempre mediante inscrição institucional de escola de Ensino Fundamental e/ou Ensino Médio.

  • Poderão participar da Olimpíada da Filosofia estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental (7º a 9º ano) e estudantes do Ensino Médio.

  • Recomenda-se que sejam inscritos até 20 estudantes por escola. O critério de seleção de estudantes poderá ser definido por cada escola.

  • Solicita-se que o responsável pedagógico (membro da equipe diretiva ou professor de filosofia) designado pela escola faça a inscrição de seus estudantes informando, pelo e-mail ucsolimpfil@gmail.com a previsão de número de alunos e, posteriormente, lista nominal de participantes. A coordenação da Olimpíada combinará com cada escola o fluxo que será utilizado: ou lista organizada pela própria escola, ou preenchimento de formulário pelos estudantes.

  • Prazos: solicita-se que as escolas interessadas manifestem seu desejo de inscrever estudantes até o dia 07/10, com contato inicial por e-mail. A lista nominal de alunos será gerada posteriormente.

  • Também poderão ser agendadas oficinas preparatórias (em modalidade online) a serem ministradas pela equipe organizadora da Olimpíada de Filosofia, conforme disponibilidade. Também para essas oficinas preparatórias, o contato deverá ser feito pelo mesmo e-mail.


UCS recebeu mais de 200 estudantes para a 17ª Olimpíada de Filosofia

Estudantes do Ensino Fundamental e Médio estreitam relações com o conhecimento a partir de oficinas e outras atividades.




Recepcionados por professores caracterizados como os filósofos Sócrates, Hipátia de Alexandria e Immanuel Kant, mais de 200 alunos de escolas do Ensino Fundamental e Médio de Caxias e de cidades da Serra e da região metropolitana de Porto Alegre participaram da 17ª Olimpíada de Filosofia da Universidade de Caxias do Sul que ocorreu no dia 18 de outubro do ano passado, cujo tema foi: “Filosofia como forma de vida: o que a Filosofia tem a nos dizer sobre o que é uma vida boa?”.

Durante a manhã, divididos em grupos, os estudantes participaram de 11 oficinas no Bloco E, ministradas por alunos do curso de Filosofia e do Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGFIL) da UCS. Durante a tarde, a programação contou com dinâmicas musicais, teatrais e de poesia.

Professor do curso de Filosofia e coordenador do evento, Idalgo Sangalli reafirma a importância da Olimpíada de Filosofia no calendário acadêmico da UCS, lembrando que muitas instituições de ensino descontinuaram essa iniciativa. Para ele, a parceria entre a Universidade e as escolas participantes justificam a permanência e a dedicação ao evento. “Muitos professores que trazem seus alunos são egressos da Filosofia da UCS. Além disso, as ações da Olimpíada não ficam restritas somente ao dia do evento, que gera atividades que podem ser desempenhadas ao longo do ano. Por exemplo, se uma escola está interessada em receber uma oficina, os nossos alunos se preparam e vão até o local”, explica.

Com relação ao tema escolhido, Sangalli argumenta que o evento sempre trata de “questões ligadas à vida”. A intenção da escolha é para auxiliar os jovens, público-alvo da Olimpíada, a superarem os conflitos e instabilidades desta fase. “Se a Inteligência Artifical (tema de uma das oficinas) começa a tomar conta das atividades, do trabalho, eles estarão preparados para o mercado de trabalho? E se tudo for feito por robôs?”, questiona.



Os professores

Responsáveis por despertar a curiosidade sobre a Filosofia nos jovens, alguns professores fazem o possível para marcar presença no evento todos os anos. É o caso de Patric de Oliveira Peres, da Escola Família Agrícola da Serra Gaúcha (EFA Serra), localizada na Terceira Légua, interior de Caxias do Sul. Pelo terceiro ano ele trouxe os alunos para a Olimpíada de Filosofia. “Para que os jovens possam criar interesse pela disciplina, são confrontados com problemas filosóficos. A partir disso, cria-se uma discussão sobre questões da realidade utilizando os conceitos teóricos, e vice-versa. Participar da Olimpíada da Filosofia é uma oportunidade de expandir o que é ensinado em sala de aula, mudar a perspectiva dos alunos sobre a Filosofia. Nesse evento, há um choque pela possibilidade de debater mais. Além disso, o contato com pessoas diferentes aumenta o interesse em dialogar sobre essa disciplina”, reflete o professor.

Outra educadora que costuma marcar presença no evento é Amanda Gisele Rodrigues, da Escola Municipal de Ensino Fundamental João Antônio Satte, localizada no bairro Rubem Berta, em Porto Alegre. O bairro foi muito afetado pelas enchentes no mês de maio do ano anterior, mas nem por isso ela deixou de participar, ainda que acompanhada de apenas uma aluna. Amanda enaltece a possibilidade de vivenciar um dia na UCS junto de outros entusiastas da Filosofia. “Eu percebo como os estudantes ampliam suas possibilidades ao vivenciarem a Olimpíada. Neste ano eu não viria, tudo em decorrência das enchentes. Mas a minha aluna queria vir, e ela está encantada. A Filosofia fica mais prática e menos teórica”, destaca a professora, que aproveitou o dia na UCS para passear na Biblioteca Central e no Museu de Ciências Naturais, entre pontos do Campus-Sede.

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

XVI Olimpíada de Filosofia abordou os desafios nas escolhas da vida e reuniu 300 alunos de 13 escolas.

A Universidade de Caxias do Sul realizou na última sexta-feira, 20 de outubro, a etapa regional da 16ª edição da Olimpíada de Filosofia do Rio Grande do Sul. A atividade reuniu 300 estudantes de 13 escolas de Ensino Fundamental e Médio da Serra Gaúcha e da região metropolitana. Nesta edição, o evento colaborativo e não competitivo levou ao pensamento em preparação para a vida individual e coletiva em sociedade, e às reflexões filosóficas sobre os diferentes aspectos da vida humana, especialmente os ligados às escolhas formativas e à expressão de modos de responder aos desafios apresentados.


Na abertura do evento, os estudantes foram recepcionados no Centro de Convivência por professores caracterizados de figuras históricas da filosofia antiga, moderna e contemporânea, como Sócrates, Hipátia de Alexandria, Immanuel Kant e Hannah Arendt. Após, no Bloco E, professores e estudantes do curso de Filosofia da UCS ministraram 14 oficinas. Entre as temáticas estavam adaptação à velocidade da informação, desconstrução da obviedade da vida, decisões políticas e democracia, educação para a paz, existencialismo e liberdade nas escolhas da vida e profissões na era da inteligência artificial. Pela parte da tarde, além da atividade de perguntas e respostas através do aplicativo Kahoot, também ocorreram atividades artístico-filosóficas como teatro, dança, música, poesia, desenhos e vídeos.









Alguns dos materiais resultantes das atividades artístico-filosóficas:




Desenhos produzidos pelos alunos da escola EETCS


Desenho produzido pelo estudante Gustavo Daniel dos Santos  da escola Firmino Acauan de São Leopoldo


Poesia produzida pela estudante  Vitória Sá Zitto da Escola Cristo Rei de São Leopoldo que fez questão de deixar de presente para o curso de Filosofia da UCS






Pioneirismo

A Universidade de Caxias do Sul é uma das pioneiras do movimento da Olimpíada de Filosofia no Brasil. A primeira edição estadual foi realizada em 2008, na Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS), em Porto Alegre. Desde 2010, a UCS passou a sediar o evento anualmente em seu Campus-Sede, sob a coordenação do curso de Filosofia da instituição. Diretor da Área do Conhecimento de Humanidades, o professor Vanderlei Carbonara ressalta que a Olimpíada é o principal vínculo do curso de Filosofia da Universidade com a filosofia presente nas escolas. O professor enaltece que a maioria dos professores que hoje trazem seus alunos às atividades são egressos da UCS.


Carbonara evoca o princípio humanístico da UCS e o compromisso na formação de pessoas autônomas, críticas e realizadas para que possam fazer a diferença na sociedade onde elas estão. Por fim, Carbonara destacou a relevância do ensino das Ciências Humanas nas escolas: “É preciso ter clareza que a filosofia, as humanidades em geral, assim como as artes, estão diretamente vinculadas com o projeto de formação de pessoas. Quem prioriza essa formação nas escolas é porque valoriza o ser humano”.








sexta-feira, 1 de setembro de 2023

RELAÇÃO DAS OFICINAS DA XVI OLIMPÍADA DE FILOSOFIA-UCS: “Desafios nas escolhas da vida: que formação queremos?” 20 de Outubro de 2023

1) Título da oficina: Descontruir a obviedade da vida: uma formação filosófica

EMENTA: Aqui está o mundo que conhecemos! Vasto, invencível, cruel, mas por vezes calmo, irrelevante, obsoleto. Esse mundo é o nosso, é o que estamos inseridos, é o que levantamos e damos sequência nos nossos projetos de existência, e cabe perguntar: qual o papel da filosofia nesse mundo? Não é um papel propriamente explicativo, mas urge indicar no cerne das questões fundamentais: esse mundo não é simples, as coisas não são óbvias. Desconstruir a obviedade da vida é o passo fundamental ao início do filosofar. A filosofia, qualquer que seja, pressupõe uma situação de crise de sentido da realidade. Sem crise de sentido, o mundo parece se encontra como explicado ou sem explicação alguma. A crise da realidade é o passo inicial da crítica filosófica. É o mergulho nas estruturas da realidade e é no esforço pela sua compreensão que constitui o início da filosofia. Ou seja, o filosofar significa, em linhas gerais, o questionamento radical da obviedade das estruturas que se pretendem

substituir à vida.

Glossário:

Obviedade: Caráter daquilo que não necessita de explicação, extremamente compreensível.

Filosofar: Tido na filosofia como o termo que traduz o movimento da filosofia em suas buscas pelo conhecimento.

Crise: Ruptura com algo consolidado dialeticamente, moralmente, socialmente, etc

BIBLIOGRAFIA:

PAVIANI, Jayme. Uma introdução à Filosofia. Caxias do Sul: Educs, 2014. 107 p.

SOUZA, Ricardo Timm de. Sobre a Construção do Sentido: o pensar e o agir entre a vida e a filosofia. São Paulo: Perspectiva, 2008. 107 p.


2) Título da oficina: Byung-Chul Han e o Animal Trabalhador

EMENTA: A partir do pensamento do filósofo coreano Byung-Chul Han, com seu trabalho com um rigor ético e sociológico atual, propõe uma visão do mundo do trabalho contemporâneo muito assertiva, de modo que ele vê o homem num ciclo de ser um "animal trabalhador", que vive a semana para chegar ao fim dela, em um ciclo vicioso e cego.

BIBLIOGRAFIA:

HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Tradução Enio Paulo Giachini. 2. ed., Petrópolis: Vozes, 2017.

HAN, Byung-Chul. A salvação do Belo. Tradução de Enio Paulo Giachini. Petrópolis: Vozes, 2015.

HAN, Byung-Chul. A Agonia do Eros. Tradução Enio Paulo Giachini. 2.ed., Petrópolis: Vozes, 2017.


3) Título da oficina: Filosofia para quê? Existencialismo e liberdade nas escolhas da vida

EMENTA: A filosofia se faz presente ao entendermos e praticarmos o ponto de vista existencialista de nos definirmos através da escolha e, assim, nos possibilita administrarmos a angústia e a liberdade. Compreender a perspectiva existencialista gera a consciência da responsabilidade por si e pelo outro, necessária para o funcionamento harmonioso de nossa sociedade. Ao nos apropriarmos dessas reflexões possibilita que vivamos uma vida autêntica e consigamos lidar com as renúncias e escolhas racionais e, de forma crítica, nos constituindo como sujeitos autores da própria existência. Esta oficina irá instigar os principais conceitos do existencialismo e como eles se fazem úteis nas deliberações diárias que a vida nos demanda, e na constituição daquilo que somos.

BIBLIOGRAFIA:

SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2014

AKKARI, Abdeljalil; MESQUIDA, Peri; VALENÇA, Regina Berbetz. “Prolegômenos para uma prática educativa existencialista.” Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 4, n.9, p.115-120, maio/ago. 2003.


4) Título da oficina: Que formação queremos? Uma reflexão à luz da filosofia latino-americana

EMENTA: Nesta oficina, iremos abordar alguns dos principais temas de estudo da filosofia latino-americana. A América Latina é um continente extenso e diverso, o qual forma-se a partir da colonização e expropriação de terras, cultura e liberdade. Dessa forma, abordaremos em que aspectos tal histórico influencia na ética latino-americana atual e no que isso impacta a formação discente.

BIBLIOGRAFIA:

DUSSEL, E. Filosofia da libertação: crítica à ideologia da exclusão. São Paulo: Paulus, 2005.

DUSSEL, E. Para uma ética da Libertação Latino-Americana – Acesso ao ponto de partida da ética, vol I, São Paulo: Loyola/Unimep, 1977.


5) Título da oficina: Profissões na Era da Inteligência Artificial

EMENTA: Em um cenário em constante transformação, onde a IA está moldando a maneira como vivemos e trabalhamos, é essencial compreendermos as interações complexas entre a tecnologia, a ética e a criatividade humanas. As expectativas são de que a IA poderá substituir uma enorme quantidade de profissões que foram estabelecidas tanto historicamente quanto contemporaneamente, de uma maneira tão ampla que pode mudar o modo em que os seres humanos vivem, mas a partir disso, novas profissões também poderão surgir. Essa oficina se propõe a explorar o impacto das IAs nas profissões.

BIBLIOGRAFIA:

AUTOR, D. H. “Why are there still so many jobs? The history and future of workplace automation.” In Journal of Economic Perspectives, 29(3), (2015), 3-30.

BOSTROM, N. Superinteligênciae: caminhos, perigos e estratégias para um novo mundo. Oxford University Press, 2014.


6) Título da oficina: Mary Wollstonecraft e a educação como emancipadora

EMENTA: A oficina tem por objetivo refletir sobre os escritos pedagógicos e políticos da filósofa Mary Wollstonecraft que em sua obra destaca a igualdade racional entre os gêneros, colocando em foco que o sexo masculino possui a falsa impressão de superioridade pelo fato de não enfrentar os mesmos obstáculos sofridos pelo sexo feminino para o acesso ao desenvolvimento racional. A autora enfatiza que não há nada que sujeite a mulher a essa inferiorização injusta à qual foi submetida por milênios, que não há nada de natural nessa feminilidade imposta e construída historicamente. A feminilidade como um aspecto natural, também implica que a educação de homens e mulheres deve ser direcionada de forma diferente, por conferir os papéis e funções sociais como naturalmente diferentes em relação ao gênero. Sabemos que atualmente na educação formal não há distinção de gênero na formatação de currículos e conteúdos de aprendizagem. Mas podemos questionar se as condições sociais e políticas são enfrentadas de forma semelhante por ambos os gêneros e quais são as consequências de uma formação que acontece fora, para além do espaço escolar que ainda trata o sexo feminino como destinado/facilmente e submetido a tarefas e profissões de cuidado. E mesmo quando mulheres chegam até os espaços intelectuais geralmente precisam fazer muito mais do que os homens para serem reconhecidas como merecedoras de tal posição, enquanto o sexo masculino caminha facilmente para as carreiras intelectuais. Nesse sentido, propomos a reflexão sobre o aspecto da educação como emancipadora no caso das mulheres, não apenas pelo seu ponto de vista formal, mas também político.

BIBLIOGRAFIA:

HIRSCHMANN, N. J. Gender. Class & Freedom. New Jersey: Princeton University Press, 2008.

MIRANDA, A. R. Proto-feministas na Inglaterra setecentista: Mary Wollstonecraft, Mary Hays e Mary Robinson. Sociabilidade, subjetividade e escrita de mulheres. Tese (Doutorado em História) - Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2017. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/49460, acessado em 23 de agosto de 2023.

MOTTA, I. P. A importância de ser Mary: Análise e Tradução da obra "Vindication of the Rights of Woman" de Mary Wollstonecraft. São Paulo: Annablume, 2009.

NUNES, S. B. M. O papel da razão na emancipação feminina: Mary Wollstonecraft e sua Reivindicação. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2021. Disponível em: https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/1162058, acessado em 23 de agosto de 2023.

RICHARDSON, A."Mary Wollstonecraft on Education". In: JOHNSON, C. L. The Cambridge Companion to Mary Wollstonecraft. Cambrigde: Cambrigde University Press, 2002. Cap. 3, p. 24-39.

WOLLSTONECRAFT, Mary. Reivindicação dos Direitos da Mulher. Tradução de Ivania Pocinho Motta. 1. ed. São Paulo: Boitempo Editorial, 2016.


7) Título da oficina: "Escolha" profissional: entre a vontade pessoal e as expectativas sociais

EMENTA: Explorar as complexidades envolvidas na escolha profissional, considerando o conflito entre as expectativas da sociedade utilitarista e a busca individual pela realização pessoal. Abordaremos a influência do utilitarismo, o impacto das tecnologias, a dinâmica do capitalismo de exploração e a busca incessante por bens de consumo na formação das escolhas profissionais contemporâneas. Além disso, discutiremos os desafios da sociedade de risco e do envelhecimento em relação às escolhas de carreira.

Objetivos:

(1) Compreender as complexidades e influências envolvidas na escolha profissional.

(2) Analisar o conflito entre as expectativas da sociedade utilitarista e a busca individual pela

realização pessoal.

(3) Explorar a influência do utilitarismo, das tecnologias, do capitalismo e do consumo nas

escolhas profissionais.

(4) Discutir os desafios da sociedade de risco e do envelhecimento na tomada de decisões de

carreira.


BIBLIOGRAFIA:

HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Tradução Enio Paulo Giachini. 2. ed., Petrópolis: Vozes, 2017. Este livro explora a ideia de uma sociedade contemporânea marcada pelo excesso de trabalho, exaustão e busca incessante por produtividade, oferecendo uma perspectiva crítica sobre os impactos do capitalismo e da cultura do desempenho na escolha profissional e na identidade individual.

MILL, John Stuart. Utilitarismo: Introdução, tradução e notas de Pedro Galvão. Porto. Porto Editora, 2005. Nesta obra, Mill apresenta os princípios fundamentais do utilitarismo, enfocando a maximização do bem-estar geral como critério de ação moral. Exploraremos como essa abordagem influencia as percepções da sociedade sobre o valor das escolhas profissionais individuais.

MILL, John Stuart. A Liberdade/Utilitarismo. São Paulo: Martins Fontes. 2000. Mill discute a importância da liberdade individual como meio de garantir o desenvolvimento pessoal e social. Exploraremos como as noções de autodeterminação e escolha livre de interferências externas se relacionam com a busca de uma carreira que satisfaça tanto as aspirações individuais quanto os valores utilitaristas.


8) Título da oficina: Adaptando-se à velocidade da (in)formação

EMENTA: Sociedade da informação. Quarta revolução industrial. Alteração do paradigma sócio-econômico. A importância da formação permanente. Reflexões éticas sobre um mundo interconectado.

BIBLIOGRAFIA:

HALÉVY, Marc. A Era do Conhecimento: princípios e reflexões sobre a revolução noética no século XXI. São Paulo: Unesp, 2010.

LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência – o futuro do pensamento na era da informática, Rio de Janeiro: Editora 34, 2010.

__________. Cibercultura, Rio de Janeiro: Editora 34. 2014.

SCHWAB, Klaus. A Quarta Revolução Industrial. São Paulo: Edipro, 2016


9) Título da oficina: Autenticidade nas escolhas da vida: compreensão e finitude

EMENTA: Através da presente oficina, pretendemos trazer para a reflexão de jovens do ensino fundamental e médio, que se encontram em formação e planejamento de curso e planejamento de carreiras que tomarão nessa etapa de suas vidas, a também pensar sobre a autenticidade e construção de suas personalidades e suas narrativas de vida. Faremos isso pelo olhar do filósofo heideggeriano Ernildo Stein, sobre nossa compreensão de finitude e de onde está instaurado em nós o aspecto que nos evidencia, dado que também o sentido de nosso ser se significa no horizonte do tempo. Somos, em uma breve noção do filósofo Heidegger, seres para a morte, e os contornos que nossas escolhas e “narrativas de vida” fazem constituir sobre nós, está também fortemente agarrada ao tempo, tempo que temos, noção e compreensão de que em nossa finitude há o aspecto formativo que a nós cabe instaurar e concretizar. Pensar sobre nossas escolhas, caminhos e sobre quem somos nesse horizonte e quem queremos ser é o que se pretende com a presente oficina.

BIBLIOGRAFIA:

STEIN, Ernildo J. Compreensão e Finitude. Estrutura e Movimento da Interrogação

Heideggeriana. Editora Unijuí, 2008.

HEIDEGGER, Martin. Introdução à filosofia. 2 ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.


10) Título da oficina: Neoliberalismo e Educação: uma crítica a transformação do conhecimento em produto mercadológico

EMENTA: O debate sobre a formação humana no âmbito da educação tem uma relevância fundamental ao longo da história. Ao longo do tempo, foram diversos os modelos de educação e formação. Na Grécia antiga a formação era centrada na completude do cidadão, levando em consideração os aspectos físicos, éticos e intelectuais. Na Idade Média, a formação educacional tinha fortes laços com as instituições religiosas e seus valores morais. No Renascimento e no Iluminismo, a educação passa a enfatizar valores como: humanismo, artes clássicas, racionalidade e as ciências. Já no Século XIX com a Revolução Industrial e a afirmação do modelo capitalista de produção, a educação passa a ter características mais específicas para a formação de trabalhadores disciplinados, úteis e produtivos. A partir do Século XX outros modelos de educação surgiram. Valores como a democracia e os direitos humanos ganharam alguma ênfase, assim como as influências dos diversos teóricos que surgiram nesse período que, no entanto, ampliaram tanto o debate acerca do tema que houve uma pulverização de ideias. Atualmente a formação humana e a educação estão diante de diversos desafios, podemos citar a globalização, a revolução digital, a interculturalidade e as mudanças climáticas como pontos centrais nas mudanças sociais que afetam a maneira de formar e educar. É preciso nos aprofundarmos na compreensão das necessidades, valores e capacidades sociais e individuais, para preparação de cidadãos críticos, éticos e prontos para enfrentar os desafios complexos do mundo contemporâneo. Neste sentido, esta oficina tem como objetivo apresentar uma crítica acerca da mercantilização da educação na sociedade neoliberal, sobretudo na transformação do conhecimento em produto mercadológico. Para isso é preciso: 1) entender a lógica funcional do neoliberalismo, 2) apontar as influências e implicações na educação, 3) propor a superação do neoliberalismo através de um retorno à educação emancipadora. No início vamos compreender os fundamentos do neoliberalismo com doutrina social a partir de autores como Yuval Harari, Noam Chomsky, David Harvey e Guy Debord. A partir desta compreensão vamos buscar entender como o sistema neoliberal influência na formação humana e na estrutural educacional, nesta parte autores como Nuccio Ordine, Jean-François Lyotard e Christian Laval serão importantes. Na parte final da oficina será proposta uma reflexão sobre a educação atual e seus objetivos, buscando apresentar as ideias de István Meszáros, além dos conceitos de Colonialismo Digital e Valor de informação. Por fim, o esperado é ter uma oficina dinâmica, interativa e com amplo debate, para que possamos tentar responder: Que tipo de formação nós queremos?

BIBLIOGRAFIA:

CHOMSKY, Noam. O lucro ou as pessoas: neoliberalismo e a ordem global. São Paulo: Bertrand Brasil, 1999.

DEBORD, Guy. A sociedade do Espetáculo. São Paulo: E-books Brasil, 2003.

DANTAS, Marcos; MOURA, Denise; RAULINO, Gabriela; ORMAY, Larissa. Valor da Informação: de como o capital se apropria do trabalho social na era do espetáculo e da internet. São Paulo: Boitempo, 2022.

FAUSTINO, Deivison; LIPPOLDE, Walter. Colonialismo Digital: por uma crítica hacker-fanoniana. São Paulo: Boitempo, 2023.

HARARI, Yuval Noah. Sapiens: uma breve história da humanidade. 47. ed. Tradução: Janaína Marcoantonio. Porto Alegre: L&pm Editores, 2019.

HARVEY, David. O neoliberalismo: histórias e implicações. 2. ed. Tradução: Adail Sobral; Maria Stela Gonçalves. São Paulo: Edições Loyola, 2011.

LAVAL, Christian. A escola não é uma empresa: o neoliberalismo em ataque ao ensino público. São Paulo: Boitempo, 2019.

LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. 12. ed. Tradução: Ricardo Correa Barbosa. Rio de Janeiro: Jose Olympio Editora, 2009.

MESZÁROS, István. A educação para além do capital. 2. ed. São Paulo: Boitempo, 2008.

ORDINE, Nuccio. A utilidade do inútil. Tradução de: Luiz Carlos Bombassaro. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.


11) Título da oficina: Educação para a Paz

EMENTA: Nós seres humanos podemos edificar em nossa sociedade uma cultura de paz? Ou será que não temos muitas saídas e fatalmente devemos conviver com situações onde cada um acaba fazendo uso da violência como o meio mais “plausível” para resolver seus possíveis dilemas nas suas relações sociais. De fato, observamos que a violência acontece em múltiplos âmbitos da sociedade e de várias formas, ela pode ser tanto física como também simbólica e estrutural, acontecendo tantas vezes até de um modo silencioso. Entendemos, contudo, que o ser humano pode e deve consolidar competências para organizar as suas relações de forma pacífica, gerando mecanismos e estruturas que favoreçam uma cultura de paz. Nesse sentido, a partir da consciência crítica, observando a barbárie da violência, acreditamos que a partir de um esforço multidisciplinar e multicultural na construção da paz social, o pensamento filosófico também pode contribuir para a edificação da paz. A cultura da paz se torna um dever e exige uma busca criteriosa acerca de seus fundamentos, pressupostos e objetivos, constituindo-se, por conseguinte, como uma verdadeira ciência da paz. No horizonte filosófico, entendemos que paz é um processo progressivo, não um conceito estático.

BIBLIOGRAFIA:

GUIMARÃES, Marcelo Rezende. Educação para a paz, sentidos e dilemas. Caxias do Sul: EDUCS, 2005.

HABERMAS. Jürgen. A Inclusão do outro: estudos de teoria política. São Paulo: Edições Loyola, 2004.

KANT, Immanuel. À paz perpétua e outros opúsculos. Tradução de Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1995.


12) Título da oficina: Filosofia na literatura

EMENTA: Toda vida humana é uma narrativa. Não parece exagero dizer que todos nós, cada um à sua maneira, construímos todos os dias a história de nossas vidas. Seja indo em busca ou fugindo de quem somos ou desejamos ser, viver significa escrever e narrar, aos outros e a nós mesmos, o enredo de nossa existência. Mas será que o enredo de nossa vida é inteiramente inédito? Será verdade que, ao inventarmos nossas vidas, fundamos todo um universo completamente novo? Ou seria mais interessante imaginar que nossa forma única de amar e de narrar nossas histórias de amor é repleta de referências a toda uma imensa biblioteca de enredos e argumentos pelo "sim" e pelo "não" do amor, do ódio, do ciúme, do desejo, como uma árvore cujo fruto sempre novo e inédito traz a polpa plena de tudo que veio antes dele e que manteve aquela árvore viva e frutífera? Se isso é verdade, ou seja, se viver significa criar narrativas e se as ficções já escritas ao longo da história alimentam esse processo criativo, então, temos um bom motivo para acreditar que a literatura é muito mais íntima da vida cotidiana do que se poderia supor à primeira vista. Alguém, ainda assim, poderia perguntar, sobre o resto, sobre aquele pedaço da vida que não se sobra ao molde da escolha e da invenção. Alguém, numa pergunta direta, poderia querer saber: o que fazer com aquela parte da história que não pode ser inventada, aquela que simplesmente existe? Essa parte, que poderíamos chamar de "onde nascemos", "filhos de quem", "em qual contexto socioeconômico", "em qual período da história da humanidade", etc. , essa realmente não pode ser objetivamente inventada. Ainda assim, não haveria, mesmo sobre essas coisas tão determinadas, algo que dependa de nós? Bem, o simples fato de essa pergunta ser possível parece um indicativo de que sim, algo está em nosso poder. O que será, então, esse "algo"? É possível, sem dúvida, deixar para lá e não gastar tempo com a questão, é claro. Isso, afinal, está sempre ao nosso alcance. No entanto, para alguém que pretende ser autor da própria vida, isso parece pouco. Mas então o quê? O que fazer com a parte que não pode ser inventada? A melhor dentre todas as coisas possíveis ainda parece ser investigar, analisar e compreendê-la. E, para isso, por que não nos servimos de algo que existe somente para isso, quer dizer, que existe apenas porque existe a necessidade de pensar a vida? Por que não fazermos da filosofia a responsável por nos oferecer o que precisamos para pensar a vida? Por que não fazermos da filosofia a responsável por nos oferecer o que precisamos para pensar e compreender o determinado da mesma forma que tomamos da literatura as sementes para plantar e dar vida ao que não se determina? Pensando dessa forma, tanto a filosofia quanto a literatura fazem parte do processo de criação de uma vida autêntica, da qual cada vivente se converte em autor no mais alto grau. O que faltaria saber, no entanto, é como essas duas disciplinas se relacionam entre si no dia a dia de uma vida autêntica. E é para isso que essa oficina foi criada, para pensarmos e entendermos juntos como a filosofia e a literatura, em conjunto, podem tornar a vida mais interessante, complexa e seguir por um sentido próprio.

BIBLIOGRAFIA:

FAUST, Daiane Cristina. Filosofia e Literatura: como pensar o encontro? (Dissertação defendida no PPG em Educação/UFRGS, 2015) Acesso: https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/131062/000979693.pdf?sequence=1&isAllowed=y

VASCONCELOS, Daniel Paiva. Literatura, Filosofia e Ciência: Esquinas. (Dissertação defendida no PPG em Letras: Estudos Literários/UFJF, 2019) Acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/123456789/10180


13) Título da oficina: Angústia e frustração: incertezas sobre o futuro

EMENTA: Estudo do conceito de angústia, as frustrações da modernidade e os receios em relação ao futuro, tratando sobre a pressão psicológica imposta a escolha precoce em relação ao futuro. Refletir sobre as possíveis respostas à pergunta: o que me faz feliz?

BIBLIOGRAFIA:

ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. 2. ed., Brasília: UnB, 1992.

CAMUS, Albert. O mito de Sísifo: ensaio sobre o absurdo : com um estudo sobre Franz Kafka/ Albert Camus. Lisboa: Livros do Brasil, [19--].

KIERKEGAARD, Soren. O conceito de angústia. 3. Ed., São Paulo: Vozes, 2015.

SARTRE, Jean-Paul. A náusea. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.


14) Título da oficina: Decisões políticas e democracia

EMENTA: Como decisões políticas são tomadas? Como justificar decisões políticas que favorecem alguns e desfavorecem a outros? Como equilibrar interesses na hora de tomar decisões democráticas? Quando tratamos de democracia parece óbvio sobre o que estamos falando, mas não é tão simples porque existem muitas dificuldades para definir quem é o povo e muito mais dificuldades para afirmar qual é a vontade do povo. Além disso, existem muitas complexidades, no geral desconhecidas pelos cidadãos, que envolvem uma decisão política. Existem interesses em jogo, tanto por parte dos eleitores quanto por parte dos atores políticos que colocam uma série de dificuldades para encontrar a “melhor” decisão. Por isso a ideia da nossa oficina é problematizar a democracia e identificar possíveis critérios que nos ajudem a avaliar a tomada de decisão política.

BIBLIOGRAFIA:

WERLE, D. L.; MELO, R. S. (orgs). Democracia deliberativa. São Paulo: Editora Singular, Esfera Pública, 2007.

MANIN, B; PRZEWORSKI, A; STOKES, S. Eleições e representação. In: Lua Nova, São Paulo, v. 67, pp. 105-138, 2006.

MOUFFE, Chantal. El retorno de lo político. Comunidad, ciudadanía, pluralismo, democracia radical. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica, 1999.




quarta-feira, 12 de julho de 2023

Edição 2023 “Desafios nas escolhas da vida: que formação queremos?” INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

    Conforme anunciado anteriormente, a XVI edição da Olimpíada de Filosofia será realizada  durante todo o dia 20 de Outubro de 2023 na UCS, e terá como tema geral “Desafios nas escolhas da vida: que formação queremos?”. 

    Seguindo com a organização do evento, informamos que está previsto para o período da manhã o  momento das tradicionais oficinas com vários subtemas a serem ministrados pelos estudantes do Curso de Filosofia (Bacharelado e Licenciatura) e do PPGFIL (Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UCS – mestrado e doutorado). Na presente edição, nós estamos estendendo as atividades também para a parte da tarde, porém com a proposta de atividades de caráter artístico filosóficas, com ênfase em temáticas que estimulem à reflexão filosófica, apresentadas por cada  escola participante (a participação nessas atividades da tarde não é obrigatória, ficando a critério  de cada escola participar de todas ou somente de algumas ou somente de uma das modalidades). 

    Abaixo, detalhamos a distribuição e regramento das atividades a serem realizadas em cada  modalidade. Lembramos que as atividades ocorrerão na UCS, nas salas do Bloco E, na sala de Cinema e no Centro de Convivência. 

Programação do evento (presencial) do dia 20/10/2023 

Período da manhã: 

  • 8h30 – Acolhimento às escolas participantes e abertura pelas autoridades acadêmicas 
  • 9h Atividades Olímpicas I: Oficinas filosóficas com temas/questões de reflexão filosófica (ministrantes: estudantes do Curso de Filosofia e do PPGFIL) 
  • 12h – Almoço no Restaurante Universitário (RU) (buffet a quilo no valor de estudante/UCS) ou nas  lancheiras da praça de alimentação/UCS 

Período da tarde: 

  • 13h15 – Apresentação de músicas pelo DAFIL (Diretório Acadêmico de Filosofia) 
  • 13h30 Atividade Olímpica II: competição no aplicativo Kahoot sobre a História da Filosofia (cada escola participante utilizará somente um aparelho celular para poder 
  • participar da atividade – cadastro a ser realizado no período da manhã pelo professor da  escola) 
  • 14h Atividade Olímpica III: modalidades de atividades artístico-filosóficas 

a) Apresentação de peça teatral (duração máxima de 15 minutos) Obs. No palco haverá somente um sofá, uma mesa com cadeiras e dois aramado. 

b) Apresentação de música (tocada e cantada ou somente cantada – individual ou em grupo) duração máxima de 5 minutos 

c) Apresentação de dança (individual ou grupo) – duração máxima de 5 minutos
d) Apresentação de poesia (individual ou grupo) – duração máxima de 5 minutos.

    Observação importante: Independentemente da modalidade, as apresentações deverão abordar temas que promovam a reflexão filosófica. Pode ser produção/apresentação também de autoria própria. Não será permitida a participação da mesma escola com mais de uma apresentação por modalidade. Haverá em cada modalidade uma comissão de jurados que vão avaliar e atribuir uma nota para efeito de classificação. 

    A participação será por adesão de cada escola, com inscrição prévia a ser realizada até a data de  30 de setembro, informando em quais modalidades competirá. Não haverá custos de inscrição. 

16h – Entrega dos prêmios/brindes aos vencedores e participantes 

16h30 – Encerramento. 

Coordenação 

Prof. Dr. Idalgo José Sangalli 

Prof. Dr. Lucas Dalsotto 

Prof. Dr. Vanderlei Carbonara 

Contato para esclarecimentos e inscrições: ucsolimpfil@gmail.com 

Portal de divulgação da Olimpíada de Filosofia: filescola.blogspot.com