terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

O Gênio Dostoiévski

Pode-se afirmar que a literatura russa sempre foi aplaudida em meios acadêmicos. Talvez, principalmente na filosofia. Há um entre tantos ótimos escritores que sagrou-se como o mais importante romancista, seu nome era Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski. As obras que o autor legou à humanidade, são de grandeza e intensidade filosófica notáveis. Nelas, o leitor poderá deparar-se com muitas questões que preocuparam e ainda preocupam os estudiosos do existencialismo. Suas personagens heroicas trazem consigo tal senso investigativo, que tão bem caracteriza os filósofos. Uma delas, Ivan Karamazov, em Os Irmãos Karamazov (1880), expõe o célebre enunciado “se Deus não existe, tudo é permitido”. Dessa fala, surgem discussões que, diga-se de passagem, bem parecem intermináveis. E é justamente esse exercício, feito por suas personagens, que não conclui e percorre novas possibilidades, que aproxima-se com o que entendemos como filosofia.
Como bem escreveu Albert Camus, Dostoiévski simplesmente não se satisfaz em responder se a existência é mentirosa ou se ela é eterna, ele ilustra as consequências dessas reflexões na vida humana. Estando para além de filósofo, sendo dessa forma artista.

Não que só ao findar das férias se “volte a ler e estudar”, no entanto (aos que se interessarem), indico este gênio para leitura. Principalmente àqueles que ainda não tiveram contato com o escritor. Por fim, que seria da senhora filosofia sem a conhecida literatura?

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