segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Indicações provocantes


  • Hey, você é um sonhador?
  • Sim.
  • Não tenho vistos muitos ultimamente. As coisas andam difíceis para os sonhadores. Dizem que o ato de sonhar está morto. Ninguém mais sonha... Não está morto. Foi apenas esquecido. Removido da nossa linguagem. Ninguém ensina, então ninguém sabe que existe… O sonhador é banido à obscuridade. Estou tentando mudar isso. Espero que você também esteja…

Assim começa um dos muitos diálogos do filme Acordando para a vida (Walking Life). O filme em animação é recheado de provocações filosóficas e religiosas. Nele se apresenta um jovem que percorre o seu cotidiano de uma forma totalmente nova. A premissa de não ter acordado de um sonho e “viver” o mundo imaginário onde conversa com diversas pessoas já é interessante. Como no caso que trouxe acima, que é um homem que pula de um trem e começa o diálogo já causa um quê de estranho.
Se o The Black Mirror pode gerar uma discussão ao final de cada episódio, o filme possibilita uma provocação a cada cinco minutos. O que para quem precisa de material para a sensibilização é um material farto, não se torna um filme menos interessante. E para aqueles que gostam de filmes que provocantes é um prato cheio. Necessita uma certa atenção para acompanhar os diálogos? Sim. É um filme difícil de assistir? Não. Ele trás as suas provocações em uma linguagem simples.
A película de 2001 tem a duração de 97 minutos e é dirigida por Richard Linklater. O filme pode ser encontrado para download na internet.
Além deste filme destaco mais dois seriados, que são mais fáceis de se conseguir o acesso. Um já mencionado acima The Black Mirror e o outro Mèrli. O primeiro fora muito utilizado no ano passado em algumas atividades do PIBID, suas críticas ao modo de vida da sociedade contemporânea e o seu uso das tecnologias fazem de cada episódio único. Não apenas pelo fato de na série não haver uma sequência entre os episódios, mas em cada um existe um ponto a ser explorados. Graças a isso alguns episódios exploram a tecnologia em mundos distópicos e outros trazem uma narrativa que são tão possíveis que chegam a angustiar o uso dos nossos espelhos negros.
A segunda, Mèrli, é sobre um professor de filosofia que consegue um emprego na escola e acaba sendo o professor de seu filho. (Está bem, parece bobinha, mas não é.) A série de certo mostra como um professor consegue aproximar a filosofia à vida dos alunos. Ela não é interessante apenas por isto, mas a cada episódio há diversos dilemas que não apenas os alunos enfrentam, mas também Mèrli.
As duas séries estão disponíveis no serviço de streaming Netflix e são boas recomendações para elaborar materiais para o uso durante o ano e também para se distrair com boas séries.

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