Nos
dias 26 e 27 de setembro acorreu em Osório, no Instituto Federal do
Rio Grande do Sul (IFRS), a VII Olimpíada de Filosofia do RS. No decorrer dos dois dias de atividades em Osório, alunos de
várias escolas do RS estiveram presentes e contribuíram para o
debate filosófico inspirado na questão "Qual
o caminho para a reconstrução de nós mesmos?".
Nós, do grupo do PIBID Filosofia da UCS não poderíamos perder a
oportunidade de marcamos presença e contribuirmos de alguma forma com a
formação ética e filosófica dos jovens envolvidos.
Dentre as várias atividades que fizeram parte da Olimpíada, vou me deter aqui
nas tarefas conduzidas pela equipe do PIBID de Caxias do Sul, em
especial as que foram coordenadas por mim, Cecilia, e a Valentina, estudante do Curso de Filosofia da PUC-RS que somou-se a nossa equipe.
No
dia 26 de setembro os participantes foram organizados em grupos de trabalho. Cada grupo
pode contar com a contribuição de alunos de várias escolas, o que
favoreceu produtivamente os debates devido à diversidade de culturas.
Para
dar suporte teórico ao encontro partiu-se de textos indicando perfis filosóficos diferentes para cada equipe (textos elaborados pela equipe de estudantes do Curso de Filosofia da UCS). No meu caso o perfil dava ênfase à relação entre ética e felicidade, com inspiração na filosofia grega clásica. Após realizar a leitura e discussão do texto, foi proposto ao grupo o debate a partir de umj dilema moral. Ao longo do debate algumas questões deram o tom: A
felicidade é um estado de espírito ou uma atitude? Que implicações
éticas tinha a concepção da personagem sobre a felicidade? Como
tudo isso nos ajudava a pensar sobre a reconstrução de nós mesmos?
A
discussão foi bastante produtiva, causando-me um feliz surpresa a
participação e o envolvimento da maioria dos jovens no debate e também a intensidade com que o caráter filosófico foi ganhando força
durante as duas horas de atividades. Um ponto negativo que se fez
presente nos dois dias e durante toda a olimpíada foi o tempo, que por ser restrito acabou fazendo muitas ideias se calarem e serem esquecidas até a próxima Olimpíada. Os estudantes estavam empenhados em continuar com a discussão
filosófica.
No
sábado foi novamente surpreendente a participação ainda mais
calorosa dos estudantes que, apesar do cansaço, não se acomodavam
nos debates e abrilhantaram novamente a discussão filosófica.
Alguns até estavam chateados porque gostariam de se manifestar mais,
de perguntar mais nas plenárias gerais da Olimpíada. O anseio por
respostas filosóficas parecia não saciar-se.
As atividades reiniciaram de modo lúdico, com a montagem de quebra-cabeça temático. Seguiu-se com novo debate, que
foi bastante produtivo e contou com a participação de todos do
grupo. Na sequência os jovens precisavam moldar, com uma
pequena porção de argila, o que seria uma representação da
reconstrução de si mesmos. Nesta etapa construíram representações
belíssimas em que vários deles representaram livros de modo a expressar que a
reconstrução de si poderia ocorrer na leitura de um bom livro, uma possível fuga da real solidão. Na terceira etapa tiveram que
transformar as esculturas individuais em uma uma única escultura que
representasse a reconstrução de nós mesmos. Chamou-me a atenção
que, por unanimidade, o grupo concluiu que a reconstrução não
ocorre individualmente, mas sempre no coletivo. Depois foram
convidados a realizarem uma performance teatral.
Finalizo
este breve relatório dizendo que, de minha parte, sem dúvida, foi
muito proveitoso e de grande aprendizado a participação na Olimpíada de Filosofia. Agradeço a colaboração da Valentina e dos demais
estudantes. Neste evento tive a oportunidade de adquirir novos conhecimento
e experiência.
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