domingo, 14 de maio de 2017

Responsabilidade em debate!


Vou lhes dizer… que escrever sobre o que as mentes pensantes tem discutido nos corredores da escola São Caetano não é fácil e nem bater fotos é fácil. Em outro recreio, uma nova pergunta. O que é responsabilidade? A pergunta foi como as demais… Parece boba, mas não é… ela é difícil. O que é… Novamente não eram válidos os exemplos.
“É fazer aquilo que se tem de fazer.” Eis uma resposta que começou o debate. Mas a próxima foi a que colocou fogo no debate entre três mentes pensantes que estavam no corredor naquele recreio. “Responsabilidades são as obrigações que temos de cumprir.” Aí meus amiguinhos a coisa ficou entre se as responsabilidades são as obrigações ou se derivam das obrigações?
Então vamos analisar as possibilidades? (ANTES DE SEGUIR O TEXTO PENSE NAS POSSIBILIDADES E ESCOLHA O SEU TIME).
Se responsabilidades são obrigações então toda a obrigação nos é responsabilidade. Isso seria equivalente a dizer que tudo o que nos for imposto por nós ou por outros teremos a responsabilidade sobre a obrigação. Parece complicado? Também acho…
Mas e se a responsabilidade vir posterior as obrigações? Bom, então a responsabilidade é fruto do comprimento ou não das obrigações sejam elas postas a nós por quem for.
E… se a responsabilidade não tem nada haver com as obrigações? Ou se ela vir antes! (PAUSA DRAMÁTICA PARA MAIS UMA REFLEXÃO ONDE O LEITOR NÃO SABE MAIS EM QUE MUNDO ESTÁ).
A solução é muito simples… (mentira não é minha intenção responder, fiquem cultivando a dúvida). Entretanto, contudo, todavia, mas, porém, no entanto, ainda assim, apesar disso, não obstante, nada obstante, sem embargo, conquanto, vos trago uma reflexão sobre isso de um filósofo brilhante Immanuel Kant!
Vejam este trecho que está em um artigo escrito intitulado “O que é o Iluminismo?” de 1784:

Iluminismo é a saída do homem da sua menoridade de que ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de se servir do entendimento sem a orientação de outrem. Tal menoridade é por culpa própria, se a sua causa não residir na carência de entendimento, mas na falta de decisão e de coragem em se servir de si mesmo, sem a guia de outrem. Sapere aude! Tem a coragem de te servires do teu próprio entendimento! Eis a palavra de ordem do Iluminismo.”

(Que pedreira de ler…) Este é o primeiro parágrafo do artigo. Kant fala de uma culpa, esta é a de não ser o responsável por si mesmo, ou não se guiar de acordo com aquilo que você mesmo pensa. Somos responsáveis pela nossa menoridade. Em seguida Kant nos trás que é muito mais fácil ficar na menoridade. Pois nela, alguém sempre vai me dizer o que fazer, logo basta fazer. Alguém vai me dizer como devo me vestir, logo basta seguir o modelo. Alguém vai me dizer o que pensar, logo basta não pensar… só imitar…
Não vou falar de todo o texto aqui. Pois semana que vem a pergunta será, como saímos da menoridade? Será que as obrigações permitem isso? Ou será que é quando nos tornamos responsáveis de cada ação nossa? Será que isso é possível?

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