segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Qual a relação entre filosofia e corrida?

       Caso você corra ou pratique algum esporte esse breve texto irá lhe parecer um tanto interessante. Uma vez que pensar numa justaposição entre filosofia e corrida, apesar de parecer algo de certa forma estranho no início, afinal uma atividade exige esforço físico e a outra mais esforço mental, à medida que se estuda tal assunto, se encontra vários pontos em comum. Correr pode ser um exercício mental, vamos uma usar expressão mística para defini-lo como “uma espécie de purificação”. Já a prática da filosofia é uma espécie de bengala a quem se dispõe aprender as grandes questões que permeiam a humanidade, as vicissitudes do mundo, a buscar o saber.                                                           Os benefícios físicos do exercício certamente você já deve estar ciente, como perder peso, manter o colesterol em equilíbrio, o diabetes no nível certo e ficar “lindão”. Não obstante, correr também envolve persistência mental, superação de limites, algo como um nirvana. Talvez quem utilize medicamentos alucinógenos entenda mais especificadamente tal questão, ao menos foi o que disseram médicos americanos ao estudar o fenômeno da corrida, quando afirmaram que o estado corporal caracterizado pela liberação de adrenalina nos momentos intermitentes ou finais da corrida são semelhantes ao de sujeitos que fumam maconha. Maluco isso, não!                                              
       A filosofia já foi definida por muitos estudiosos, o que não cabe fazermos novamente aqui, dado que seria mais uma definição, apenas. Quando se vai praticar a corrida se pode fazê-la por recreação, por competição ou uma ambivalência entre ambas. A concentração para qualquer exercício é fundamental, a justificativa para fazer “a” ou “b” é outro aspecto primordial para o sujeito, independente de visar resultado ou não, pois quem não cuida de seu corpo pode contrair lesões nesse caso. Os gregos prezavam bastante pelo cuidado do corpo como trampolim às outras atividades da pólis. É o velho ditado “corpo são, mente sã” e vice-versa se fazendo presente. Aprender o movimento das passadas, a respiração constante, os limites do corpo são itens que emergem ao longo da prática esportivo-filosófica. Entender porque um treino não teve êxito, ou mesmo por ter dado certo, pressupõe reflexão. Nesse momento a filosofia aflora com grandeza.

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