sábado, 26 de setembro de 2015


A imortalidade da atividade intelectual




Olá galera!! No dia 18 ocorreu mais uma edição das Olimpíadas de Filosofia na UCS. Atendendo jovens filósofos de 9 escolas, abriu-se um espaço para o debate de assuntos pertinentes a nossas vidas sempre, claro, mantendo o rigor filosófico!
Uma manhã se mostrou pouca para o debate dos assuntos além da elaboração de uma apresentação teatral. Em um desses grupos, 20 estudantes debateram sobre a finitude humana. E questionaram-se: O que eu deixarei para o mundo quando eu não estiver mais aqui? Essa é uma questão que nos remete a ideia de como o homem pode imortalizar-se no mundo!
Com direito a desenhos feitos à mão, música e ao pensamento de Heidegger, os filósofos de plantão questionaram-se sobre suas existências e o peso que a morte, como uma possibilidade a ser alcançada, tem em suas vidas. Na voz de Raul Seixas, foi apresentada a música “Canto para minha morte”, como meio de demonstrar a individualidade, imparcialidade e impessoalidade do fim, agregando assim, mais problematizações às discussões. 
Sobre este tema tão polêmico, enveredou-se uma calorosa discussão acerca do suicídio, remetendo um “adiantar” o fim deste “ser para a morte” heideggeriano. Alguns ficaram divididos entre a possibilidade de aceitar o suicídio como uma forma de concretizar o ser-de-projetos que é o homem e deste modo, o direito individual de retirar a própria vida e a atitude covarde do suicídio, onde o indivíduo busca o não ser, pondo fim a sua angústia enquanto uma alternativa de renúncia à uma vida aparentemente vazia a seus olhos, digo aparentemente pois o suicida em potencial, vê apenas um ponto, prendendo-se a ele e não percebendo o quão amplo é o horizonte de possibilidades do ser-aí como ser-de-projetos.
Após as discussões elaborou-se uma apresentação teatral que vislumbra a impessoalidade da morte. O palco tornou-se pequeno para tantos corpos e ao som de Titãs com a música “cadáver sobre cadáver”, a “morte” ceifou muitas vidas restando, ao final, apenas a imortalidade da construção intelectual na forma de uma poesia de Augusto dos Anjos – Psicologia de um Vencido.

Diante de tantas discussões e de um assunto tão delicado, fica a pergunta: E você, o que fez em sua existência para imortalizar-se no mundo?

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