sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Olimpíada de Filosofia em Osório: oficinas realizadas (relato da bolsista Cecília Cavalheiro)

Nos dias 26 e 27 de setembro acorreu em Osório, no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), a VII Olimpíada de Filosofia do RS. No decorrer dos dois dias de atividades em Osório, alunos de várias escolas do RS estiveram presentes e contribuíram para o debate filosófico inspirado na questão "Qual o caminho para a reconstrução de nós mesmos?". Nós, do grupo do PIBID Filosofia da UCS não poderíamos perder a oportunidade de marcamos presença e contribuirmos de alguma forma com a formação ética e filosófica dos jovens envolvidos.
Dentre as várias atividades que fizeram parte da Olimpíada, vou me deter aqui nas tarefas conduzidas pela equipe do PIBID de Caxias do Sul, em especial as que foram coordenadas por mim, Cecilia, e a Valentina, estudante do Curso de Filosofia da PUC-RS que somou-se a nossa equipe.
No dia 26 de setembro os participantes foram organizados em grupos de trabalho. Cada grupo pode contar com a contribuição de alunos de várias escolas, o que favoreceu produtivamente os debates devido à diversidade de culturas.
Para dar suporte teórico ao encontro partiu-se de textos indicando perfis filosóficos diferentes para cada equipe (textos elaborados pela equipe de estudantes do Curso de Filosofia da UCS). No meu caso o perfil dava ênfase à relação entre ética e felicidade, com inspiração na filosofia grega clásica. Após realizar a leitura e discussão do texto, foi proposto ao grupo o debate a partir de umj dilema moral. Ao longo do debate algumas questões deram o tom: A felicidade é um estado de espírito ou uma atitude? Que implicações éticas tinha a concepção da personagem sobre a felicidade? Como tudo isso nos ajudava a pensar sobre a reconstrução de nós mesmos?
A discussão foi bastante produtiva, causando-me um feliz surpresa a participação e o envolvimento da maioria dos jovens no debate e também a intensidade com que o caráter filosófico foi ganhando força durante as duas horas de atividades. Um ponto negativo que se fez presente nos dois dias e durante toda a olimpíada foi o tempo, que por ser restrito acabou fazendo muitas ideias se calarem e serem esquecidas até a próxima Olimpíada. Os estudantes estavam empenhados em continuar com a discussão filosófica.
No sábado foi novamente surpreendente a participação ainda mais calorosa dos estudantes que, apesar do cansaço, não se acomodavam nos debates e abrilhantaram novamente a discussão filosófica. Alguns até estavam chateados porque gostariam de se manifestar mais, de perguntar mais nas plenárias gerais da Olimpíada. O anseio por respostas filosóficas parecia não saciar-se.
As atividades reiniciaram de modo lúdico, com a montagem de quebra-cabeça temático. Seguiu-se com novo debate, que foi bastante produtivo e contou com a participação de todos do grupo. Na sequência os jovens precisavam moldar, com uma pequena porção de argila, o que seria uma representação da reconstrução de si mesmos. Nesta etapa construíram representações belíssimas em que vários deles representaram livros de modo a expressar que a reconstrução de si poderia ocorrer na leitura de um bom livro, uma possível fuga da real solidão. Na terceira etapa tiveram que transformar as esculturas individuais em uma uma única escultura que representasse a reconstrução de nós mesmos. Chamou-me a atenção que, por unanimidade, o grupo concluiu que a reconstrução não ocorre individualmente, mas sempre no coletivo. Depois foram convidados a realizarem uma performance teatral. 
Finalizo este breve relatório dizendo que, de minha parte, sem dúvida, foi muito proveitoso e de grande aprendizado a participação na Olimpíada de Filosofia. Agradeço a colaboração da Valentina e dos demais estudantes. Neste evento tive a oportunidade de adquirir  novos conhecimento e experiência.


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