Na oficina Ética e Necessidades,
mediada pelos licenciandos Matheus Pinto Zaro e Ricardo Endrizzi, realizada
interdisciplinarmente, utilizando como base a filosofia, teatro e conhecimentos
de publicidade e propaganda. O foco de aprendizagem não foi manifestado
propriamente pelos mediadores, mas sim pelos alunos. Foram eles (os alunos) que
fizeram acontecer a oficina Ética e Necessidades. No início da oficina, foram
apresentados dois vídeos, “Hipocrisia, camarote e ostentação - do Rafinha Bastos” e
“Vendedor de Morcegos Mortos - da Cia Barbixas de Humor”. A partir dessa
provocação inicial, foi pedido para que os participantes se dividissem em grupos de 4
a 5 pessoas. Surgiu então, um momento de aprendizagem prática. Os grupos de
alunos teriam que escolher um objeto que estava disposto sobre a mesa, e no
grupo preparar argumentos para vendê-lo para toda a turma. O que os desafiava no
exercício era o fato de que os objetos possuíam uma qualidade de "inutilidade", tal como ocorria com: meia furada, celular estragado, cinza de carvão, relógio sem
pilha...assim, os alunos precisariam pensar em como convencer os colegas que
esses objetos eram necessários.
Algumas turmas estavam bastante
tímidas no início das oficinas e outras já iniciaram bastante extrovertidos.
Foi bastante significativo que todas as turmas que participaram. Basicamente os
mediadores estavam lá apenas para provocá-los com perguntas que
problematizassem as atuações. A utilização de teatro na oficina possibilitou
uma maior interação de todos integrantes, até de alunos que não costumam
participar em aula. Houve muita diversão aliada com aprendizagem nesse dia.
Outro detalhe importante se sucedeu pela possibilidade de percebermos distintas
qualidades nos alunos. Melhor dizendo, alunos introvertidos se integraram mais
positivamente na oficina, pois puderam se manifestar. Se buscarmos o conceito
de Sabedoria Prática em Aristóteles, perceberemos que a oficina se mostrou
muito positiva nesse aspecto, porque alunos puderam manifestar seus conhecimentos
e seus pensamentos em forma de prática de venda.
Na leitura das fichas de
aprendizagem que cada aluno preenchia na oficina, observou-se que o intuito
inicial da problematização acerca do consumo desmedido e não refletido, aliado
à questão do que é necessário para ser feliz foi alcançado. Embora houvesse
pouco tempo para poder aprofundar a questão as turmas em geral demonstraram
terem entendido os questionamentos e realmente refletido. Nas escritas notou-se
que a busca pela felicidade perpassa pelas coisas simples, como a convivência
com amigos-familiares. Surgiram alguns apontamentos que podem ser novos temas
de abordagem, dentre eles a dificuldade de convivência e a mudança de relação
com o outro ocasionado pelos meios de comunicação digital (face, whats,
Skype...) e com isso a falta de estar perto de quem se fala por exemplo.
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