segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Oficina: Ética e Necessidades

Bolsistas responsáveis: Ricardo Endrizzi e Matheus Zaro

Nos dias, 30 e 31 de maio de 2014, ocorreu na Escola São Caetano, as oficinas de Filosofia organizada pelos alunos do PIBID. O PIBID é um programa da CAPES de auxílio e incentivo ao licenciandos. As oficinas que ocorreram na escola foram as pioneiras desse programa no curso de filosofia da UCS e pode-­se dizer que, elas ficarão registradas como uma nova etapa no curso de Licenciatura em Filosofia. As oficinas tratadas em questão, tiveram como tema principal “Ética” e foram realizadas no total de 4 oficinas para 7 turmas de Ensino Médio. As oficinas se realizaram em forma de rodízio para que todos alunos pudessem ver todas as apresentações. Elas tinham como títulos: Ética e Necessidades, A Ética e os quadrinhos; Aproximações entre Filosofia e Games: Análises Éticas em Realidades Virtuais e O Cuidado de Si.
Na oficina Ética e Necessidades, mediada pelos licenciandos Matheus Pinto Zaro e Ricardo Endrizzi, realizada interdisciplinarmente, utilizando como base a filosofia, teatro e conhecimentos de publicidade e propaganda. O foco de aprendizagem não foi manifestado propriamente pelos mediadores, mas sim pelos alunos. Foram eles (os alunos) que fizeram acontecer a oficina Ética e Necessidades. No início da oficina, foram apresentados dois vídeos, “Hipocrisia, camarote e ostentação - do Rafinha Bastos” e “Vendedor de Morcegos Mortos - da Cia Barbixas de Humor”. A partir dessa provocação inicial, foi pedido para que os participantes se dividissem em grupos de 4 a 5 pessoas. Surgiu então, um momento de aprendizagem prática. Os grupos de alunos teriam que escolher um objeto que estava disposto sobre a mesa, e no grupo preparar argumentos para vendê-­lo para toda a turma. O que os desafiava no exercício era o fato de que os objetos possuíam uma qualidade de "inutilidade", tal como ocorria com: meia furada, celular estragado, cinza de carvão, relógio sem pilha...assim, os alunos precisariam pensar em como convencer os colegas que esses objetos eram necessários.
Algumas turmas estavam bastante tímidas no início das oficinas e outras já iniciaram bastante extrovertidos. Foi bastante significativo que todas as turmas que participaram. Basicamente os mediadores estavam lá apenas para provocá-­los com perguntas que problematizassem as atuações. A utilização de teatro na oficina possibilitou uma maior interação de todos integrantes, até de alunos que não costumam participar em aula. Houve muita diversão aliada com aprendizagem nesse dia. Outro detalhe importante se sucedeu pela possibilidade de percebermos distintas qualidades nos alunos. Melhor dizendo, alunos introvertidos se integraram mais positivamente na oficina, pois puderam se manifestar. Se buscarmos o conceito de Sabedoria Prática em Aristóteles, perceberemos que a oficina se mostrou muito positiva nesse aspecto, porque alunos puderam manifestar seus conhecimentos e seus pensamentos em forma de prática de venda.
Na leitura das fichas de aprendizagem que cada aluno preenchia na oficina, observou-se que o intuito inicial da problematização acerca do consumo desmedido e não refletido, aliado à questão do que é necessário para ser feliz foi alcançado. Embora houvesse pouco tempo para poder aprofundar a questão as turmas em geral demonstraram terem entendido os questionamentos e realmente refletido. Nas escritas notou-se que a busca pela felicidade perpassa pelas coisas simples, como a convivência com amigos-familiares. Surgiram alguns apontamentos que podem ser novos temas de abordagem, dentre eles a dificuldade de convivência e a mudança de relação com o outro ocasionado pelos meios de comunicação digital (face, whats, Skype...) e com isso a falta de estar perto de quem se fala por exemplo. 

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