Bolsistas Responsáveis: Fernando Lopes e Lucas Adriano
Charge e The Walking Dead |
A oficina sobre Games e Filosofia, foi um momento de
interação entre as realidades virtuais e a escola. Os jovens do século XXI
estão intimamente conectados com ferramentas tecnológicas, e por isso, torna-se
extremamente oportuno discutir e utilizar dessas ferramentas, para aproximações
com os jovens e com suas realidades.
Esse método de ensino, está sendo utilizado na
Noruega, pelo Professor Tobias Staaby, onde utiliza o Jogo The Walking Dead, para discutir questões éticas. Pensando nisso, a
atividade proposta por dois dos integrantes do grupo PIBID (Fernando Lopes, e
Lucas Adriano), foi trabalhar uma cena do mesmo jogo utilizado por Staaby, da
qual os alunos da escola Estadual de
Ensino Médio São Caetano, tiveram de defender a decisão que escolheram
livremente em cartões de cores diferentes.
Enquanto jogavam o jogo com o console e no notebook,
os estudantes iam se confrontando com desafios, aos quais tinham que tomar
decisões extremas de vida ou morte, verdade ou mentira; e justificar logo após,
a escolha dos cartões, conforme decisão que continha no cartão escolhido.
Nesse exercício, ficou posta duas situações: uma
realidade virtual que aproxima o estudante de uma situação real, e a escrita,
que é o momento onde o estudante pode organizar as ideias coerentemente e
justificar racionalmente sua decisão (teoria),isso serve para vida real onde
muitas vezes tomamos decisões sem análise reflexiva, e acabamos prejudicados,
por tomar decisões baseadas em
sentimentos ou emoções.
Na atividade escrita, pode-se perceber que os
estudantes percebem o quão importante é tomar uma decisão racionalmente, bem
pensada, a fim de que não venha a arrepender-se no futuro por uma decisão mal
tomada.
Arthur Schopenhauer (à esquerda) e Assassins Creed (à direita) |
Essa atividade foi bastante produtiva também, no
sentido de desmistificar alguns preconceitos do ambiente escolar com relação a
games, e nisso, esse momento foi capaz de abrir caminho para explorar novas
perspectivas sobre como estimular, e tornar significativo o conhecimento nos
estudantes, e como muitos deles relataram, dizendo o seguinte “a partir de agora vou jogar games com um
outro olhar”, ou seja, o jogo agora já não é mais uma ferramenta exclusiva
de diversão, mas agora é também uma ferramenta educacional que possibilita
aprendizagem dentro, e principalmente fora da escola.
Sendo assim, nossa oficina atingiu o fim, o “telos” do qual Aristóteles teorizava em
seus escritos, e por isso, acreditamos que no primeiro trabalho conseguimos nos
aproximar da realidade dos jovens, e entender como futuros educadores a
possibilidade de apropriar-nos da demanda educacional dos estudantes, e adaptar
para que essas demandas possam ser transformadas em estratégias de aprendizagem,
tornando-nos melhores educadores, nisso o PIBID proporciona uma oxigenação
tanto para o aluno, ao professor, e ao futuro docente.
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