Pode-se afirmar que a literatura russa sempre foi aplaudida
em meios acadêmicos. Talvez, principalmente na filosofia. Há um entre tantos
ótimos escritores que sagrou-se como o mais importante romancista, seu nome era
Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski. As obras que o autor legou à humanidade, são
de grandeza e intensidade filosófica notáveis. Nelas, o leitor poderá
deparar-se com muitas questões que preocuparam e ainda preocupam os estudiosos
do existencialismo. Suas personagens heroicas trazem consigo tal senso
investigativo, que tão bem caracteriza os filósofos. Uma delas, Ivan Karamazov, em Os
Irmãos Karamazov (1880),
expõe o célebre enunciado “se Deus não existe, tudo é
permitido”. Dessa fala, surgem discussões que, diga-se de passagem, bem parecem
intermináveis. E é justamente esse exercício, feito por suas personagens, que
não conclui e percorre novas possibilidades, que aproxima-se com o que
entendemos como filosofia.
Como bem escreveu Albert Camus, Dostoiévski simplesmente
não se satisfaz em responder se a existência é mentirosa ou se ela é eterna,
ele ilustra as consequências dessas reflexões na vida humana. Estando para além
de filósofo, sendo dessa forma artista.
Não que só ao findar das férias se “volte a ler e estudar”,
no entanto (aos que se interessarem), indico este gênio para leitura.
Principalmente àqueles que ainda não tiveram contato com o escritor. Por fim,
que seria da senhora filosofia sem a conhecida literatura?
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