sábado, 30 de agosto de 2014

O que você faria se recebesse uma arma tão letal, com direito a anonimato quanto um Death Note? Onde estão os princípios e os fins?

Viajando pela ficção, constituindo uma consciência à ação
Elaborado por: Matheus Zaro, Rodrigo S. Silva e Viviana Furlan[i]

“Tá legal”, nós já sabemos que somos heróis, mas e agora? O que podemos fazer com esse poder? Como usar esse “dom” humano da liberdade de escolha para transformar o mundo a nossa volta e criar novos???
Pois é, mais uma vez nossos grandes jovens foram convocados para mais uma “super” reunião interna em nossa “Base Secreta” na Escola São Caetano. Para estes encontros foram nomeados os três grupos representantes dos primeiros anos a atenderem ao chamado, cada qual designado a comparecer em um dos dias que compunham o todo da reunião geral. Para além receberem a missão de passar a novidade adiante, compartilhando suas experiências com os demais heróis da escola que participaram de outras reuniões temáticas com mesmo objetivo de assimilação e interação com as trocas de vivências sobre perspectivas principialistas e consequencialistas.
Nossa equipe intitulada “Death Note” ficou responsável de proporcionar à constituição de nossas consciências heroicas de salvadores e criadores de mundos ideais. Novamente convidados a entrar no reino da fantasia, nossos novos defensores da justiça tiveram a oportunidade de, na liberdade de sua imaginação, poder vivenciar e usufruir da sua capacidade de transformar o mundo partindo da reconstrução de si mesmos e reconhecendo assim suas habilidades que dão forma a isso.
Para isso adentramos ao mundo do Death Note, com recortes precisos de um Live Action[1] com objetivo de remontar um resumo da temática central projetada na história. Fomos convidados a participar da história de um jovem adolescente que encontra uma arma letal, um caderno de um Shinigami[2], assim tem em mãos o poder de eliminar qualquer pessoa ao escrever o nome dela em suas páginas. Nosso protagonista, filho de um chefe de polícia, resolve utilizar anonimamente este caderno para levar a justiça às pessoas, perseguindo informações de criminosos que a sociedade não conseguia punir por falhas nas leis. 
No decorrer de seu trajeto, ganha uma aliada que fica em dívida eterna com ele pela punição do assassino de seus pais que foi libertado em júri por falta de provas concretas. Porém, sua ação não foi bem aceita pelo chefe de polícia que é extremamente fiel aos valores universais e às suas leis. 
Infelizmente para continuar atuando como executor de assassinos e criminosos é obrigado a se proteger de investigações policiais que querem cessar com seu trabalho ilícito. Começa então um jogo de “caça ao rato” com consequências imprevisíveis e mortes necessárias ao alcance de seu ideal. A criminalidade diminui drasticamente no Japão e com reflexos no mundo inteiro, mas a que preço???
A percepção de seus próprios valores ganhou forma sob as luzes de personagens distintos que os instigaram a reconhecer em si valores principialistas ou consequencialistas até então despercebidos em seu próprio agir no dia-a-dia.  Perfeitos atores guiados pela personificação de identidades aleatórias e fictícias, demonstraram a importância do “poder do domínio argumentativo” superando a si mesmos para defender posturas distintas. 
Nesse processo, foram provocados a abrirem-se frente a pensamentos diversos aos seus e, com suporte no diálogo, frente às discussões fez-se então o movimento necessário à compreensão de perspectivas contrárias, mas conscientes de que ambas comportam e conduzem a ações concretas. 
Assim podemos juntos construir um agradável encontro, além de reconhecer o que se esconde por trás de diferentes ações movidas no âmbito da ética que se desdobram em duas principais vertentes: o principialismo e o consequencialismo.
E aí, que tal outra sessão de Death Note, traga pipoca, animação e bastante disposição para dialogar, que convocamos outro mega encontro, pessoal!!!










[1] Espécie de série animada japonesa adaptada em filme. Este continha episódios que compunham uma série de quase cinco horas de duração.
[2] Nome pelo qual são conhecidos os anjos ou deuses da morte na mitologia japonesa.



[i] Relato da oficina desenvolvida e aplicada às turmas de 1° ano do Ensino Médio da Escola Estadual São Caetano respectivamente nos dias: 08, 16 e 23 de agosto de 2014 pelos bolsistas integrantes do projeto PIBID – UCS/FILOSOFIA com subprojeto no âmbito da formação ética.

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